....

sábado, 6 de outubro de 2007

O Brilho da Solidão



Levava pesos de correntes
Arrastadas pelos pés descalços
Cega de pureza constante
Gritava num eco de agonia

- Onde tudo se perdera
- Diante da secura da alma!

Combates em vão secaram
Entre a Terra e o Mar
As arestas eram finas sementes
No brilho da solidão

Cavalgava caminhos indecentes
Onde o baço se repartia
Num eterno espaço delirante
De luzes entorpecidas

Escorreguei de mim
Caí naquela poça de solidão
Andei séculos acorrentada
Suspensa no lado mais oriente da estrada

- Onde tudo se perdeu
- Diante da secura da alma!

Manuela Fonseca

Sem comentários: