
Levava pesos de correntes
Arrastadas pelos pés descalços
Cega de pureza constante
Gritava num eco de agonia
- Onde tudo se perdera
- Diante da secura da alma!
Combates em vão secaram
Entre a Terra e o Mar
As arestas eram finas sementes
No brilho da solidão
Cavalgava caminhos indecentes
Onde o baço se repartia
Num eterno espaço delirante
De luzes entorpecidas
Escorreguei de mim
Caí naquela poça de solidão
Andei séculos acorrentada
Suspensa no lado mais oriente da estrada
- Onde tudo se perdeu
- Diante da secura da alma!
Manuela Fonseca
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