
A chuva não parava
Dia após noite
As colinas do tempo
Alongaram as suas lágrimas
Imersas em nevoeiro
Humidade da alma
O coração escondia a lama
Até à altura da mente
Embrulhada em capa de passados
Num xaile pesado de mágoas
Sentia os dedos dormentes
E vagarosos
Ao manusear o sobressalto
Que lhe caía das mãos frias
Um Universo paralelo
A colinas celtas
Misteriosa ilha dos segredos da alma
Guardiões de grandes histórias
Eternas e sagradas
Na trama de silêncios e traições
E amaldiçoou-se a si mesma!
Manuela Fonseca
2 comentários:
Cá estou eu mais uma vez para sorrir, para chorar, para olhar para dentro de mim e para dentro deste mundo de palavras que nos compõe pouco a pouco. Nela, nunca deixe de escrever nem de nos encantar com a beleza da sua arte. Um grande beijo
Isa
Your blog is very nice:)
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