sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Nesta loucura
Nesta loucura
Que sempre me acompanhou
De chamar loucura
Ao primeiro olhar decente
De me ajustar num mundo
Que não é meu companheiro
Abri os portões à minha poesia
Deixei desfilar as palavras
Por entre os dedos
Qual decência adequada
À mais fina passagem
De braço dado com as letras
Minhas companheiras
De combates psicológicos
Acompanhada dos inseparáveis e gentis
(mas nem sempre presentes)
Pontos finais
De exclamação
Ou interrogação
As vírgulas entravam e saíam
Vestidas de pétalas
Da mais fina-flor do sujeito
Tochas acesas
Pertinentes
Levantaram o véu
Da tua escuridão, ó loucura!
Manuela Fonseca
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
O mar estava presente
O mar estava presente
Um farol na tua mão a queimar
Ensaiado mostrava a espuma branca
Reflectida no olhar aceso
A baloiçar…
O mar sempre estava ali
…presente
Uma prenda promessa
Soltando as ondas
Fazia a festa
Como um hino à nação
Passava os anos disfarçado
De um Ser inspirador
Cansado andava de amor
A sorrir depois do tempo
Num entardecer de rumor
Tinha aquela vida quieta
…baloiçada
Como uma velha herança
Calava a norte da esperança
No andar que avançava
Escondeu na areia o murmurar
Num lamento de passados
Nas noites ardia de negros azuis
E nos dias mal esgueirados
Esquecia os negrumes
De outros fados…
Manuela Fonseca
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