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terça-feira, 26 de outubro de 2010

A minha bússola da Amizade é feita de um ouro especial...


Boa tarde Manuela

Adorei o encontro no passado dia 16 de Outubro. As suas palavras emocionaram-me como há muito já não acontecia, porque vivemos sobretudo num mundo, onde as pessoas são indiferentes umas às outras, provocando o aniquilamento de qualquer diálogo.

E ali naquele espaço onde as palavras e os sentimentos fizeram uma ponte nasceu uma realidade diferente, onde o diálogo, a partilha e a amizade tiveram primazia.

Espero reencontrá-la de novo no lançamento do seu livro, e, ou, noutras oportunidades.

Vou-lhe enviar o poema que lhe dediquei. Grata pela sua atenção e amizade.

Cordiais cumprimentos

Paula Costa




"Breve brisa

que acaricia

as copas

das árvores

que derivam

ao sabor

de sentimentos

alheios

Breve poder

estar sem pressas

aproveitando

o momento

enriquecido

pelo esplendor

único do mundo

construtivo

embalador

nas horas de sossego."

15/10/2010


Este poema é para lhe agradecer o encontro onde as palavras ganharam dimensão


O encontro foi surpreendente

As suas palavras ecoaram

no coração de cada um

na emoção sentida e vivida

na alma do subtexto

onde o rio flúi

onde a água

em todo o seu conjunto

é derramada

num grande oceano

de profundas harmonias

proliferadas

no principio do bem-estar

É importante que assim seja

para que possa haver

o equilíbrio no mundo.


18/10/2010

Paula Costa

(Paula, grata por este carinho e amizade.
Retribuídos com toda a minha ternura!
Beijinhos e um longo abraço
Manuela Fonseca)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Filho da Lua


Que poderei eu fazer

A não ser deixar queimar o medo

Em fogo secreto que acendo

E calar este silêncio na cor da noite

Dizimar horas que me separam

Em distâncias baloiçadas

Abandonadas


Talvez um dia escale a sua montanha

A mais íngreme do mundo

Deixar que o vento me rasgue

Sorrisos rasteiros

Onde escorreguem solidões

Por penhascos agrestes

Contemplando a península estendida até Lisboa

Prateada


Se eu pudesse dizer

O que sinto agora

Se eu soubesse achar o caminho

Do Filho da Lua

Os seus pensamentos irrequietos

Na travessia do Tejo

Seria a autora do seu destino


Se eu soubesse andar para trás

Subir aos calvários e trazer nas mãos

O calor do olhar da Filha da Terra

Como num livro que tivesse escrito

Sentada nas estrelas de um jardim céltico

Perdido e encontrado

Nos olhos que vi



Ah, Filho da Lua

Se eu soubesse…

Manuela Fonseca