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domingo, 22 de março de 2009

A minha fúria selvagem




Mar revolto que me açoita ao bater naquelas rochas, além…
Escorregando toda a minha fúria
Em cada investida da espuma que me aclara a dor

Mar revolto do pensamento lapidado
Alimentado em desejo sóbrio
De penas enroladas à vida

O mar conhece a resposta selvagem
Que a esquina dos gigantes penedos da minha saudade
Agarra os cabelos aos dedos de tantas mágoas

Fúria que me alimenta em dias pares!
Olhar que atinge o limite da minha coragem!

Ah, mar revolto da minha alma decadente!

Manuela Fonseca