
... e tudo é tão perfeito
Olho para os meus dedos
E eles sorriem-me
Na intenção
De uma obra inesperada
Os lábios conversam com eles
Numa química já conhecida...
Levanto-me
E vou buscar um B
Componho o cortinado
E volto a sentar-me
Na minha única sala
Penso em ti
No cheiro do teu corpo
E escrevo um poema
Igual a mim
Cheia de defeitos
E muitas virtudes
Analiso o que não escrevi
E tremo no que senti
Na ausência da tua resposta
Desde sempre
Que nunca te amei!
E eis-me aqui
Agora
A sentir que és o melhor
De todos os ausentes
Sou eu...
Sentada à mesa
Da minha única sala
Manuela Fonseca
1 comentário:
Soberbo poema.
Parabéns.
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