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sábado, 14 de julho de 2007

Sem acordar o teu passar


Quando brilhou a madrugada
Deslumbraram-se
Entre o sol as mãos encantadas
Amores azuis em corações de fadas
Como as estrelas da noite acordaram
Na verdade de um novo dia

E encontrei-te num plano
Deserto, sem direcções
Não fui o sol nem o mar
Fui apenas o meu olhar
No teu a dançar

A alma tinha a cantar
E os braços leves de repousar
Ouvindo o silêncio do teu passar

Caminhei na vida eternamente
O amor rebolou em azuis dourados
E branco a pique
Sobre todas as coisas mortas

Mais adiante, vi-te já tarde
Tarde leve, cheia de distância
Escorregando os amores azuis
Onde as nuvens se curvam
Atrás do teu silêncio
Sem acordar o teu passar.

Manuela Fonseca

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