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sábado, 14 de julho de 2007

Nada trago comigo


Nada trago comigo.
As memórias que se chocam
Delas me vou despedindo
Nada trago comigo
Parti, só e nua
Desde sempre
A galope na tua lua

Embalei-me no momento
Como se chorar
Detivesse todo o tormento

Como mulher que sou
Sinto ao longe o cheiro do mar
Tudo em mim se cala
Num coração por luar

Nem jardins nem olhares me prende
Só encontram o perto
Que se detém
E o teu corpo é uma corrente de frio
À procura de mais amor
E menos vazio

Manuela Fonseca

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