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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

E foi naquela ausência


E foi naquela ausência
De presença
Lareira em forma de Castor
Que te bebi o silêncio
Do mundo inteiro
Conheci cada traço
De todos os teus gestos
E as palavras procuravam-se
Sofregamente
No abraço apertado
Em que deixei de estar viva
Para renascer
- Repentinamente!
Em busca do teu olhar
Arredondado
Igual ao meu
Num rosto tão secreto
- Pecador
- Amador
Pelo sorriso atrasado

E na tua ausência
Estava a minha presença!

Manuela Fonseca

3 comentários:

Rosa Maria Anselmo disse...

Olá Nelita
as ausências trazem-nos muitas vezes, as certezas da desejada presença!
um enorme beijinhoooooo
Rosa

Maria disse...

Ai as ausências sempre tão presentes....
(ou as presenças às vezes ausentes...)

É muito bonito o que escreves.
Beijinho, Manuela

Nilson Barcelli disse...

Há ausências ausentes e presentes.
Umas são melhores que outras, mas tudo depende da qualidade das ausências...
Mas qualidade, é o que não falta neste teu poema. Também gostei do ritmo, da musicalidade e da fluência das palavras.
Beijinhos, poeta da boina poética...