
Dói-me pensar
Que andei de noite
Entre silêncios e sedes de mim
E que só a Lua, escondida e secreta
Me guiava os passos de dor.
Doíam-me os perigos
Que me apressavam os pés
No desespero que me quero esquecer
A solidão ecoava em cada canto
Sinal do medo que vivi
No vento que me humilhava
Na tão pesada dor
Em que toda eu me dobrava…
Em miragem à minha fraqueza
A poeira me cercava e rodeava
De coisas que nunca vivi
E a minha alma apodreceu
Na pureza do pensamento
Que sempre persegui
E eu vi que nada em mim
Era a monstruosa voz que me declinava
E me transformava
Delirante e perdida
Fugida de gestos violentos
Que me espantavam a serenidade
Na dor do pensamento…
Manuela Fonseca
2 comentários:
olá Munuela
passou... hoje é presente e é glorioso, cheio de brilho e sonhos concretizados.
jihos
Rosa maria
Olá Manuela
Que os "pesadelos" sejam guardados numa prisão longínqua e que assim estejas livre para "saborear" estes novos e bons momentos que a vida merecidamente te presenteia.
Beijo
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