....

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Não perdi coisa nenhuma de mim


Da janela de madeira pintada
A cortina de branco ficava
No varão de madeira escura
Era a cortina de verde
Pendurada em silêncios submissos
Da cadeira a um canto
Vestida de linho sentada

Não perdi coisa nenhuma de mim
Neste pôr-do-sol vagaroso
As vozes continuavam diferentes
Quando eu a cortina desviava
Num gesto suspenso de mim
De cadeira ali sentada...

Manuela Fonseca

1 comentário:

Mário Margaride disse...

Um belo poema!

Não perdeste coisa nenhuma de ti.
Mas perdeste algo, em ti.

Gostei muito!

Beijo terno...