
Da janela de madeira pintada
A cortina de branco ficava
No varão de madeira escura
Era a cortina de verde
Pendurada em silêncios submissos
Da cadeira a um canto
Vestida de linho sentada
Não perdi coisa nenhuma de mim
Neste pôr-do-sol vagaroso
As vozes continuavam diferentes
Quando eu a cortina desviava
Num gesto suspenso de mim
De cadeira ali sentada...
Manuela Fonseca
1 comentário:
Um belo poema!
Não perdeste coisa nenhuma de ti.
Mas perdeste algo, em ti.
Gostei muito!
Beijo terno...
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