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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

No fundo de mim há sempre pavores


No fundo de mim há sempre pavores
Onde o sorriso é tímido
E o olhar são dores

Este mundo silencioso
Que não brota
Nem descansa
Ao meu passar
Mas que estremece de pavor
Quando no meu canto
Me vejo a chorar

E por mais bela que seja a minha palavra
Um dia, a ternura há-de poisar...

Manuela Fonseca

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