....

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Na intensidade dos gestos


Na intensidade dos gestos
Só sei navegar
Pela ausência do mar
Que há muito tempo
Me deixou em choro
Compulsivo

Navego em teu olhar
Descubro segredos tardios
Pardos de entender
Palavras esculpidas
Sentadas à beira da vida
Que abriste docemente

Num golpe profundo
Parti o meu navegar
E logo me perdi
Arrependi
Arrefecendo o horizonte
Rude de caminhos
Fraco de sorrisos
Forte de outros amores

Diante do meu último olhar
O teu rosto fui buscar
E a partilha era feita de ternura
Onde eu já não cabia
Nas vidas em que fui navegar
Para a ti te as entregar

Manuela Fonseca

3 comentários:

Maria disse...

Navegas na poesia como as palavras se soltam do peito e as letras te saltam das mãos.

Beijo, Manuela.

Vanda Paz disse...

Gosto tanto deste poema

Beijinhos

Anónimo disse...

O QUE É QUE EU HEI-DE DIZER MINHA MANA DESTE LINDO POEMA.....TUDO O QUE SEMPRE TE DISSE...NASCESTE COM O DOM QUE DEUS TE DEU ,AMADURECESTE,E VIESTE AINDA A TEMPO DE APLICARES ESSE DOM . TE AMO MINHA MANA LINDA ,NÃO PARES POIS ÉS TU MESMO ....ESTOU SEMPRE AQUI EMBORA TE PAREÇA AUSENTE , NÃO NÃO ESTOU ....TE....AMOOOOOOOO