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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vou escrever e não sei


Vou escrever

E não sei

Uma última vez para ti, meu amor

E não sei...

Quero abrir as arestas na partida

Da tua chegada

Usar as palavras

O sorriso

O olhar

A escrita

E não sei...

Não sei dar-lhe o tom correcto

As cores do momento fogem à mudança

Resumo de medos esculpidos em mim


Mais tarde...

O tempo vai valer

Contar as horas sem culpa...

Num sorriso

Um beijo por acontecer

E eu...

Eu, talvez, aprenda a escrever...


Manuela Fonseca

8 comentários:

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Que bela maneira de regressar de férias com este poema lindíssimo às costas.

Se tem medos esculpidos em si, desta vez não a impediram de soltar as palavras com emoção.

MV

impulsos disse...

Querida Nelinha
Ias escrever e não sabias...
Mas escreveste tão bem, que nem eu sei agora o que te escrever!

Beijinho

Nilson Barcelli disse...

Aprender a escrever...?
Olha que a modéstia em excesso é defeito...
Soubeste, e bem, escrever um magnífico poema. Eu gostei.

Bom fim de semana, beijinhos.

em azul disse...

Eu gostei. Se ele não gostar é porque não leu direito. Mas um bom texto pode/deve ler-se mais que uma vez.
Um abraço

Maria disse...

E eu venho e saio
e volto e saio
porque
eu não sei
comentar
este teu
belíssimo poema........

Um beijo, Manuela

ROSA E OLIVIER disse...

lindo o teu poema...(eu queria escrever-te uma carta...meu amor...mas...não sei ler!...nem sequer escrever!...é um poema de Cabo Verde...)...belo como o teu....e para ti...princesa da Serra da Estrela..."eu te amo, perdoa-me, eu te amo."...!?...baci kiss besos beijos

Profana! disse...

Nossa Manuela, lindo poema, tocante, solitário e misterioso, parabéns, gostei muito de seus textos! Ah, me chamo Ana e moro no Brasil!

Cris_do_Brasil disse...

Acho tu já aprendeu!