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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Esse olhar que mentia


Esse olhar que mentia
Empoleirado
No vazio sossegado
Gasto pela prepotência
Espiral da sua casca
Reconhecida
No escuro lado da lua
Escombros
Da tua alma

Insuficientes passos
Sem memória
Adormecida
Nem solidão
Disfarçada
De pressa

E nesse olhar que mentia
Nem é pressa ser a luz do dia…

Manuela Fonseca

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Belíssimo poema, cara amiga.
E há tantos olhares a mentir à nossa volta...
Beijinhos.

Mário Margaride disse...

Lindo poema, querida amiga.

Infelizmente, é uma realidade à qual naõ podemos fugir.

Podemos sim fugir, do alcanse desses olhares.

Beijinhos...

Gil