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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Nesta loucura


Nesta loucura
Que sempre me acompanhou
De chamar loucura
Ao primeiro olhar decente
De me ajustar num mundo
Que não é meu companheiro
Abri os portões à minha poesia
Deixei desfilar as palavras
Por entre os dedos
Qual decência adequada
À mais fina passagem

De braço dado com as letras
Minhas companheiras
De combates psicológicos
Acompanhada dos inseparáveis e gentis
(mas nem sempre presentes)
Pontos finais
De exclamação
Ou interrogação
As vírgulas entravam e saíam
Vestidas de pétalas
Da mais fina-flor do sujeito

Tochas acesas
Pertinentes
Levantaram o véu
Da tua escuridão, ó loucura!

Manuela Fonseca

7 comentários:

Pedra Filosofal disse...

A ver se é desta!!!!

Entre as virgulas e os pontos, tens as palavras que usas com mestria.

Um beijo

Rosa Maria Anselmo disse...

Olá Nelita
Amei esta tua loucura.... de loucas aventuras que só a tua "louca mente" permite perceber e concretizar. é o que tenho a dizer deste poema ..... (estarei longe?)
jinhos
Rosa

Maria disse...

Afinal, de poeta e de louco....
... não é?
Gostei.

Beijo

Pedra Filosofal disse...

Passa no meu cantinho... deixei-te um prémio.

Beijos

Vera Carvalho disse...

A escrita, a melhor companheira das nossas loucuras!
Ainda bem que a tua escrita não é confidente!

Sandra Fonseca disse...

Adorei seu espaço, pleno de poesia!
Beijo.

Anónimo disse...

Sim, provavelmente por isso e