Sentei-me no parapeito da janela
Com a claridade a dar-me na alma
Sem desvendar olhares
Nem contar os gestos que paravam
Para me falarem coisas
De outras esquinas
Onde os braços se tinham cravado
Um dia…
A ponta dos dedos adormecia
Na voz quente que os embalava
Os traços não definiam
O perfil das histórias consoladas
Nem o vento passava
Onde os braços cansados
Repetiam calados
As mesmas histórias
Livres e ordenadas
Que
Um dia…
Foram contadas.
Manuela Fonseca
2 comentários:
Uma visão de ilusão ou de razão que cria a poesia de belo prazer
Beijo grande
Gosto muito deste poema!
"Sentei-me no parapeito da janela
Com a claridade a dar-me na alma"
Esta imagem é magnífica, sem dúvida!
Parabéns amiga! Vieste inspirada!
Beijo grande
Vera
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