Que faço aqui no silêncio do castelo
Severo e prolongado?
Porque perco o riso dos dias
No sossego disciplinado
Repetindo a rotina harmoniosa
Que me insulta?
Porque não encontro
O amealhar do esquecimento
Neste canto equilibrado?
Quando aceito a vinda de alguém
Esbarro na ausência d’emoção
Na contagem dos afectos
Calo o desejo
E adormeço à procura de um sonho
Pensamento miserável…
Manuela Fonseca
3 comentários:
Perguntamo-nos, muitas vezes, "o que faço aqui...?" porque nem sempra a harmonia é sinónimo de felicidade.
Mas quem sonha nunca tem um pensamento miserável...
Adorei o poema. É excelente, estás a escrever melhor que nunca.
Manuela, querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Gostei. A dúvida como guia da acção.
Bjs Manuela.
Gostei muito deste poema. Parabéns. Abraços
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