Só ela sabia escrever cartas de amor
Sentada a um canto da janela
Olhava a planície alentejana
Pousava o croché
Para a mesa da sala de jantar
No colo de avental
E escrevia cartas de amor
Com olhares de andorinha
E alma de melros esvoaçantes
Depois guardava as cartas no aparador
Escondia a chave no avesso do avental
E sorria à planície alentejana
Voltando a pegar no desenho acomodado
Do seu croché
Manuela Fonseca
1 comentário:
Não sei como vim aqui parar, mas gostei desta carta de amor...
Bjs dos Alpes
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