Dá-me o pão que te fica intacto
Para que as minhas mãos
Se aninhem em concha
Qual sonho de criança feliz
Sem abutres atentos
Ao tombo da morte que se adivinha
Sem alcances à tua vida
De falsas sedas
E punhados de mentiras
Cristalizadas
Na gargalhada bêbeda
Que a noite destapa
No vazio do teu dia
Oferece-me esse pão que te fica intacto
Manuela Fonseca
5 comentários:
O tema do teu poema toca no coração de todos nós. É um grito que incomoda
A foto clarifica a fome do pão.
Porque é que não te consigo comentar...
Dói demais.
Um beijo.
AI MANA ,QUEM É QUE FICA INDIFERENTE A ESTA FOTO E MENSAGEM ,NÃO CONSIGO DIZER MAIS NADA ,SÓ SEI DIZER QUE DOI MUITO OLHAR ,VER ,E SABER QUE INFELIZMENTE É O PÃO NOSSO DE CADA DIA ,,,,,SINAIS DOS TEMPOS,,,,,,,,,,,BEIJO DOCE MANA TE AMOOOOOOOOOOO
Um pedaço de pão, um poema fantástico numa temática forte e real.
Beijos
Manuela, vim visitar-te e reler este teu poema. Atrevo-me a (re)comentá-lo agora aqui, dizendo apenas que o título seria um belíssimo slogan, face ao empedernimento que habita em muitos peitos.
Beijinhos e boa semana
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