Gostaria de ver palavras soltas
Como quem rasga recados de sonho
Apanhar o seu aroma
E fechar a minha mão
Num sorriso de posse
Sem poder...
Gostaria de estalar momentos obscuros
Enviando recados à chuva intensa
Dando a mão ao Homem sózinho
Sem rumo nem banco
Repartindo significados
Procurados nas faces do desespero
Gostaria de deixar aqui
Agora
A vontade de escrever simplesmente
Com a simplicidade de quem aprendeu
Vogais de fome
Consoantes de abandono
E números crescentes,
Uma mão cheia de recados...
Precisamos de recados para re-construir
Um mundo melhor, lá distante
De tão perto que nos rasga
A emoção!
Manuela Fonseca
1 comentário:
Querida amiga, este teu poema-recado é magnífico.
"Precisamos de recados para re-construir
Um mundo melhor, lá distante
De tão perto que nos rasga
A emoção!"
E o final é muito bem conseguido, nomeadamente na aparente contradição do "lá distante de tão perto".
Um beijo.
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