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terça-feira, 21 de abril de 2009

Pendurada na sua própria dor


Pendurada na sua própria dor
Desfolhava as mágoas guardadas
Como quem reza um terço
Esperando um milagre
Que nunca chega por falta de fé

O olhar parou no degrau do passado…

Já nada esperava
E a esperança dançava-lhe
Nas mãos trémulas
A dança eterna
Do destino prometido

Abriu um livro ao acaso
E com a voz entorpecida pela fatalidade
Bebendo lágrimas de medo
Ela leu…

"A infelicidade vai sempre ao encontro de quem a espera. O truque é encontrar a felicidade nos breves instantes entre os desastres."


Manuela Fonseca

4 comentários:

casa da poesia disse...

...o olhar parou...no degrau do passado...lindo!...e para ti...

"the flowers are all right"...!?...

Obscuramente disse...

A terceira pessoa transparece o sentimento...

Quem o sentiu, viu verdade por um momento, a verdade que é o sofrimento inesperado.

Gostei de te ler, beijo.
Espero pela visita um dia.

Pedra Filosofal disse...

:-) :-) Adorei!!!

Nilson Barcelli disse...

Cara amiga, este teu poema tem a sabedoria de quem quem olha a vida com inteligência.
Gostei imenso, é um excelente poema.
Bom fim de semana.
Beijos.